RESUMO DE LIVROS

RESUMO DO LIVRO HÁ DOIS MIL ANOS DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER DITADO PELO ESPÍRITO DE EMMANUEL

Há Dois Mil Anos é um romance espírita psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier com autoria atribuída ao espírito Emmanuel e foi publicado no ano de 1939 pela Federação Espírita Brasileira. Com o sub-título de Episódios da História do Cristianismo no Século I, a obra narra os principais fatos da vida do orgulhoso senador romano Públio Lentulus (que teria sido uma das encarnações do autor espiritual), entre os quais estão o encontro com Jesus, o milagre da cura, pelo Divino Mestre, da filha que contraíra lepra e a conversão da esposa, Lívia, ao cristianismo.
Como é bastante comum em romances espíritas, a história de Há Dois Mil Anos se configura em um exemplo para os homens. A partir dos equívocos do personagem, a história mostra como as más inclinações humanas atrapalham a evolução espiritual. Os espisódios da vida de Públio Lentulus são narrados de modo a destacar todas as atitudes erradas que o senador tomou e suas terríveis consequências. A narrativa fala, sobretudo sobre vingança, orgulho e lei de causa e efeito (princípio espírita segundo o qual todas as ações humanas acarretam consequências consonantes para quem as pratica).
O início do livro retrata o cotidiano, a personalidade, o tipo de vida que leva Lentulus, sua grande amizade com Flamínio Severus (outro patrício romano cuja história está intimamente ligada a do personagem central), além de descrever os membros da família do romano. O enredo principal da trama é a forma cruel e soberba pela qual o senador adquire um escravo, decisão que causa uma reviravolta em sua vida e cujos desdobramentos culminam no clímax da obra. Logo após, a história segue contando como ao se deixar levar pelo orgulho da posição de poder que tem e da sua descendência patrícia, o senador é enredado por uma trama criminosa que gera danos irreversíveis para a sua família e seu casamento.
 
A obra se divide em duas partes e vinte capítulos.
 
Primeira parte:
I) Dois Amigos
II) Um escravo
III) Em casa de Pilatos
IV) Na Galileia
V) O Messias de Nazaré
VI) O rapto
VII) As pregações do Tiberíades
VIII) No grande dia do Calvário
IX) A calúnia vitoriosa
X) O Apóstolo da Samaria
 
Segunda Parte:
I) A morte deFlamínio
II) Sombras e Núpcias
III) Planos da Treva
IV) Tragédias e esperança
V) Nas catacumbas da fé e no circo do martírio
VI) Alvoradas do Reino do Senhor
VII) Teias do Infortúnio
VIII) Na destruição de Jerusalém
IX) Lembranças amargas
X) Nos derradeiros minutos de Pompeia
 
Há Dois Mil Anos está incluído entre os dez melhores livros espíritas publicados no século XX segundo pesquisa realizada em 1999 pela "Candeia Organização Espírita de Difusão e Cultura".

RESUMO DO LIVRO 50 ANOS DEPOIS DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER DITADO PELO ESPÍRITO DE EMMANUEL

Cinquenta Anos Depois é uma obra mediúnica psicografado pelo médium mineiro Chico Xavier, ditada pelo espírito Emmanuel, publicada pela Federação Espírita Brasileira em 1940. É o segundo romance mediúnico de Emmanuel, relatando sua reencarnação seguinte à de Publius Lentulus, do livro Há Dois Mil Anos. Em Cinquenta Anos Depois Emmanuel é o escravo judeu convertido ao cristianismo chamado Nestório, mas o romance tem como personagem principal a vida de Célia Lucius, nobre romana convertida ao cristianismo, que suporta as mais duras provas durante sua existência, tendo como pano de fundo as mudanças culturais e religiosas em Roma e seus impactos na sociedade.

Parnaso de Além-Túmulo de Francisco Cândido Xavier

Parnaso de Além-Túmulo é uma obra espírita. Trata-se de uma antologia de poemas cuja autoria é atribuída a poetas mortos.
Constitui-se na primeira obra psicografada pelo então jovem médium brasileiro Francisco Cândido Xavier, lançada em julho de 1932 pela Federação Espírita Brasileira.
Esta primeira edição trazia sessenta poemas, assinados por nove poetas brasileiros, quatro portugueses e um anônimo. A partir da segunda edição, publicada em 1935, foram sendo gradualmente incorporados novos poemas à obra até à 6ª edição, publicada em 1955, quando fixou-se a quantidade de poemas em duzentos e cinquenta e nove, atribuídos a cinquenta e seis autores luso-brasileiros, entre renomados e anônimos.
O modelo da obra não era novidade, uma vez que a FEB já detinha os direitos de Do País da Luz, obra em quatro volumes, psicografada na primeira década do século XX pela mediunidade do português Fernando de Lacerda.
Do mesmo modo que a reação obtida em Portugal quando da publicação original de Do País da Luz, Parnaso, por sua peculiaridade, suscitou rapidamente a reação de literatos e intelectuais brasileiros. Elogiando ou criticando seu conteúdo, membros da Academia Brasileira de Letras, poetas, críticos literários e até psiquiatras pronunciaram-se, à época, a respeito da obra, contribuindo em muito para a sua divulgação.
Essa obra, até hoje causa polêmica, constituindo-se como um desafio à ciência e teoria da literatura, como produção de uma prova da reencarnação e/ou comunicação entre vivos e mortos contrapondo-se, no plano da teoria da literatura às dificuldades da definição de criação e autoria, considerando também a qualidade da obra literária e o mérito da capacidade humana, mais especificamente da Inteligência linguística, no domínio dos diversos estilos em referência tanto à individual como ao época, na criação literária. É importante lembrar que Chico Xavier só estudou até a quarta-série do ensino fundamental e na época do lançamento do livro, trabalhava das 7h ás 20h como caixeiro de um armazém em Uberaba.
A referida publicação reúne 56 autores de diversas escolas literárias com estilística própria e distinta entre si. Entre os autores se incluem: os simbolistas Cruz e Sousa (1861–1898) e Alphonsus de Guimaraens (1870–1921), o simbolista/parnasiano Augusto dos Anjos (1884–1914); poetas românticos como Casimiro de Abreu (1839–1860) e ; o estilo satírico de Artur Azevedo (1855–1908); o parnasianismo de Olavo Bilac (1865–1918); o realismo de Júlio Dinis (1839–1871); entre outros.

Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho de Francisco Cândido Xavier ditada pelo espírito Humberto de Campos

Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho é uma obra mediúnica, psicografada pelo médium mineiro Francisco Cândido Xavier, assinada pelo espírito Humberto de Campos. A primeira edição foi publicada no ano de 1938 pela Federação Espírita Brasileira.
Nesta obra, o autor espiritual narra os principais fatos da história do Brasil, tanto no plano material, como no plano espiritual. Revela com riqueza de detalhes os planos das falanges espirituais no desenrolar da história mundial, influenciando os homens encarnados na luz do divino evangelho deixado por Jesus. É narrado desde o despertar da Europa para as grandes navegações no século XV até a Proclamação da República do Brasil no final do século XIX.

A CAMINHO DA LUZ DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER PELO ESPÍTO DE EMMANUEL

A Caminho da Luz é um livro espírita, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, com autoria atribuída ao espírito Emmanuel.
A obra foi publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira
O livro aborda a história da civilização, destacando fatos que transformaram o planeta, a partir da ótica da espiritualidade como frisa o autor na sua introdução. Dentre os temas abordados estão a origem da Terra, a vinda do Cristo, as Cruzadas, a Revolução Francesa, dentre outros.

PAULO E ESTEVÃO POR FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER DITADO PELO ESPÍRITO DE EMMANUEL

Paulo e Estêvão é uma obra psicografada através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, ditada pelo espírito de Emmanuel em 1942. Esta obra é apresentada como "Episódios Históricos do Cristianismo Primitivo", que conta o período histórico a partir do ano de 34 d.C. (um ano após a morte de Jesus Cristo) até 67 d.C. (provável ano do falecimento de Paulo de Tarso). O livro traz revelações históricas nunca antes mencionadas, seguindo rigorosamente a ordem cronológica do livro bíblico Atos dos Apóstolos, dando também um sentido mais profundo para as citações pessoais de Paulo em suas Epístolas.
A história de Paulo de Tarso é narrada neste romance que apresenta informações preciosas sobre a vida deste apóstolo que dedicou sua vida à divulgação do Evangelho.
"Oferecendo, pois, este humilde trabalho aos nossos irmãos da Terra, formulamos votos para que o exemplo do Grande Convertido se faça mais claro em nossos corações, a fim de que cada discípulo possa entender quanto lhe compete trabalhar e sofrer, por amor a Jesus-Cristo." Emmanuel
Viajando pelas cidades ditas dos gentios (ou pagãos não circuncidados), já que muito de seus conterrâneos (os fariseus), na época não compreenderam a grandeza da vinda de Jesus Cristo, o apóstolo Paulo com muito trabalho, persistência e inspiração do alto, pôde fundar igrejas em várias cidades, inaugurando uma era de trabalhos fraternos aos deserdados da sorte, sob a aquiescência direta de Jesus e se espalhou por todo o planeta. Muitas vezes, Paulo incompreendido em sua nobre missão era surpreendido com intuições e sonhos vindos de Santo Estêvão (primeiro mártir cristão), jovem dotado da capacidade de pregar o reino de amor e que fora apedrejado e morto pelas mãos do próprio Saulo (antigo nome do apóstolo quando este ainda era doutor da lei e perseguidor voraz dos cristãos).
Toda essa história está registrada em Atos dos Apóstolos, mas quando se lê o romance de Emmanuel é que se tem a real dimensão da importância do trabalho do convertido de Damasco para a história do Cristianismo. Essa importante obra encerra a mensagem de que é possível mudar a qualquer tempo,porém, toda mudança congrega muitas conseqüências.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO DE ALLAN KARDEC

O Evangelho segundo o Espiritismo (em língua francesa L'Évangile Selon le Spiritisme) é um livro espírita francês. De autoria de Allan Kardec, foi publicado em Paris em 15 de abril de 1864. É uma das obras básicas do espiritismo, e dentre elas a que dá maior enfoque a questões religiosas, éticas e comportamentais do ser humano.
Nela são abordados os Evangelhos canônicos sob a óptica da Doutrina Espírita, tratando com atenção especial a aplicação dos princípios da moral cristã e de questões de ordem religiosa como a da prece e da caridade.
Na introdução da obra, Kardec divide didáticamente os relatos contidos nos Evangelhos canônicos em cinco partes: os atos ordinários da vida de Jesus, os milagres, as predições, as palavras que serviram de base aos dogmas, e os ensinamentos morais. Segundo Kardec, se as quatro primeiras foram, ao longo da história, objeto de grandes controvérsias, a última tem sido ponto pacífico para a maior parte dos estudiosos.
Assim, é especificamente sobre essa parte que Kardec lança o olhar espírita. Longe de pretender criar uma "Bíblia espírita" ou mesmo de objetivar uma reinterpretação espírita desse livro sagrado, Kardec se empenha em extrair dos Evangelhos princípios de ordem ético-moral universais, e em demonstrar sua consonância com aqueles defendidos pelo espiritismo. Utiliza-se, na maior parte da obra, da célebre tradução francesa de Lemaistre de Sacy (1613-1684). Eventualmente, para solucionar divergências, Kardec recorreu ao grego e ao hebraico.
A obra traz ainda um estudo sobre o papel de precursores do cristianismo e do espiritismo, como por exemplo Sócrates e Platão, analisando diversas passagens legadas por estes filósofos que demonstrariam claramente essa condição.
No Brasil destacou-se pela polémica uma edição da obra que veio a público em julho de 1974 pela Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP). Esta inseria-se em "um plano de completa e total revisão de toda a Codificação Doutrinária de Allan Kardec" posto em prática pelo Departamento do Livro da instituição, e vendeu cerca de 30.000 exemplares à época.1 A edição foi refutada por Francisco Cândido Xavier e José Herculano Pires, pela obra Na Hora do Testemunho, que veio a público em 1977.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS DE ALLAN KARDEC

O Livro dos Espíritos (em língua francesa, Le Livre des Esprits) é o primeiro livro sobre a Doutrina Espírita, publicado pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo Allan Kardec. É uma das obras básicas do espiritismo.
A obra veio a público em 18 de abril de 1857, lançada no Palais Royal, em Paris, na forma de perguntas e respostas, originalmente compreendendo 501 itens. Foi fruto dos estudos de Kardec sobre os fenômenos das mesas girantes, difundidos por toda a Europa em meados do século XIX, e que, segundo muitos pesquisadores da época, possuíam origem mediúnica. Foi o primeiro de uma série de cinco livros editados pelo pedagogo sobre o mesmo tema.
As médiuns que serviram a esse trabalho foram inicialmente as jovens Caroline e Julie Boudin (respectivamente, com 16 e 14 anos à época), às quais mais tarde se juntou Celine Japhet (com 18 anos à época) no processo de revisão do livro. Após o primeiro esboço, o método das perguntas e respostas foi submetido à comparação com as comunicações obtidas por outros médiuns franceses, num total de "mais de dez", nas palavras de Kardec, cujos textos psicografados contribuíram para a estruturação do texto.
Segundo Canuto de Abreu, na página VII de O Primeiro Livro dos Espíritos, a segunda edição francesa foi lançada em 18 de março de 1860, tendo o Livro dos Espíritos, naquela reimpressão, sido revisto quase "como trabalho novo, embora os princípios não hajam sofrido nenhuma alteração, salvo pequeníssimo número de exceções, que são antes complementos e esclarecimentos que verdadeiras modificações" (1). Para esta revisão, Kardec manteve contato com grupos espíritas de cerca de 15 países da Europa e das Américas. Nesta segunda edição é que aparecem 1018 perguntas e respostas, sendo que algumas edições atuais trazem 1019 perguntas, acréscimo que, segundo a FEB (Federação Espírita Brasileira), foi devido ao Codificador não ter numerado a pergunta imediatamente após a 1010, aquela que seria a 1011. Assim sendo, o livro teria, na prática, 1019 e não, 1018 perguntas.
A obra se divide em quatro "livros", como comumente se dividiam as obras filosóficas à época, que abordam respectivamente:
Das causas primárias - abordando as noção de divindade, Criação e elementos fundamentais do Universo.
Do mundo dos Espíritos - analisando a noção de Espírito e toda a série de imperativos que se ligam a esse conceito, a finalidade de sua existência, seu potencial de auto-aperfeiçoamento, sua pré e sua pós-existência e ainda as relações que estabelece com a matéria.
Das leis morais - trabalhando com o conceito de Leis de ordem Moral a que estaria submetida toda a Criação, quais sejam as leis de: adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e justiça, amor e caridade.
Das esperanças e consolações - concluindo com ponderações acerca do futuro do homem, seu estado após a morte, as alegrias e obstáculos que encontra no além-túmulo.
A obra apresenta 1018 ou 1019 perguntas? A dúvida é suscitada pela comparação entre as diversas traduções e edições para a língua portuguesa, a partir de um lapso na segunda edição da obra em língua francesa, onde encontra-se ausente a questão número 1011. De fato, após a pergunta número 1010, segue-se uma assinalada apenas com travessão e outra com o número 1012. Nas edições da Federação Espírita Brasileira, a tradução de Guillon Ribeiro, ao atingir o número 1010, interrompe a numeração das perguntas sem número, que vinha fazendo até então com letras, e opta por manter a mesma falha, deixando a questão entre a 1010 e a 1012, e as demais questões não numeradas por Allan Kardec, apenas com o travessão original. Pela mesma editora, a tradução de Evandro Noleto Bezerra opta por enumerar a pergunta entre a 1010 e a 1012 com o número 1011. Nas edições da Livraria Allan Kardec Editora (LAKE), a tradução de Herculano Pires apresenta variações, conforme o ano de impressão, o que pode sugerir uma interferência da editora. As edições de 1989 e 2002 apresentam a questão como "1010-a", mas, a de 1989 apresenta a questão sem número entre a 1012 e a 1013 como "1012", gerando um total de 1019 questões, ao passo que, na edição de 2002, essa mesma questão sem número é numerada como "1011-a", o que conduz a um total de apenas 1018 questões.

O LIVRO DOS MÉDIUNS DE ALLAN KARDEC

O Livro dos Médiuns, ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores (em língua francesa Le Livre des Médiums), é um livro espírita francês. De autoria de Allan Kardec, foi publicado em Paris em janeiro de 1861. É uma das obras básicas do espiritismo.
Versa sobre o caráter experimental e investigativo da doutrina espírita, visto como ferramenta teórico-metodológica para se compreender uma "nova ordem de fenômenos", até então jamais considerada pelo conhecimento científico: os fenômenos ditos espíritas ou mediúnicos, que teriam como causa a intervenção de espíritos na realidade física.
As primeiras investigações de Kardec tinham por foco um fenômeno bastante comum em meados do século XIX, na Europa e nos Estados Unidos: o das chamadas mesas girantes ou dança das mesas, em que certa quantidade de pessoas se reuniam em torno de mesas para se entreter com deslocamentos insólitos e aparentemente involuntários realizados por esses móveis. Apesar do nome, era comum, segundo diversos relatos da época, a ocorrência de fenômenos semelhantes com objetos variados.
Após dois anos de investigação, Kardec se viu particularmente convencido da hipótese mediúnica como a forma mais consistente de explicar certas ocorrências de movimentação espontânea de objetos. Isso porque, para além dos simples deslocamentos aleatórios, perfeitamente atribuíveis a causas naturais, Kardec catalogou o que denominava manifestações inteligentes, ou seja, movimentos que recorriam a sistemas simbólicos para estabelecer um canal de comunicação com um entrevistador. Alguém fazia uma pergunta e estabelecia critérios como "uma batida para sim, duas para não", e, em certos casos, um interrogatório feito à exaustão obtinha sucessivas respostas corretas. Com o tempo esse método de comunicação foi sendo depurado, passando pelo uso de um lápis amarrado a um cesto em cuja borda um ou mais médiuns colocavam seus dedos, até chegar à moderna técnica da psicografia.
Assim, Kardec se empenhou em fazer um estudo analítico das diversas modalidades de comunicação estabelecidas entre homens e espíritos, que resultou em O Livro dos Médiuns.

O CÉU E O INFÉRNO DE ALLAN KARDEC

O Céu e o Inferno, ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo (em língua francesa Le Ciel et l'Enfer), é um livro espírita francês. Da codificação de Allan Kardec, foi publicado em Paris em 1º de agosto de 1865. É uma das obras básicas do espiritismo.
A obra compõe-se de duas partes:
Na primeira, Kardec realiza um exame crítico, procurando apontar contradições filosóficas e incoerências com o conhecimento científico, superáveis, segundo ele, mediante o paradigma espírita da fé raciocinada. São expostos vários assuntos - causas do temor da morte, porque os espíritas não temem a morte, o céu, o inferno, o inferno cristão imitado do pagão, os limbos, quadro do inferno pagão, esboço do inferno cristão, purgatório, doutrina das penas eternas, código penal da vida futura, os anjos segunda a Igreja e o Espiritismo. Aborda também vários pontos relacionados com a origem da crença dos demônios, segundo a Igreja e o Espiritismo, intervenção dos demônios nas modernas manifestações, e a proibição de invocar os mortos.
Na segunda, constam dezenas de diálogos que teriam sido estabelecidos entre Kardec e diversos espíritos, nos quais estes narram as impressões que trazem do além-túmulo, e de como se deu o processo de desencarne para pessoas de diferentes tipos de caráter. A segunda parte deste livro é dedicada ao pensamento; Kardec reuniu várias dissertações de casos reais, a fim de demonstrar a situação da alma, durante e após a morte física, proporcionando ao leitor amplas condições para que possa compreender a ação da Lei de Causa e Efeito, em perfeito equilíbrio com as Leis Divinas; assim, constam desta parte, narrações de espíritos felizes, infelizes, espíritos em condições medianas, sofredores, suicidas, criminosos e espíritos endurecidos.
O Céu e o Inferno coloca ao alcance de todos, os conhecimentos do mecanismo pelo qual se processa a Justiça Divina, em concordância com o princípio evangélico: "A cada um segundo suas obras".